domingo, 15 de março de 2009

Tortamente me endireito nas imperfeições
Todos os meus caminhos são estradas sinuosas
E assim me torno o mais vil e o mais perfeito dos seres
Com todas as minhas exatidões suportadas
Com todas as minhas virtudes abandonadas
Com todos os meus amores marcados
Se encontro o caminho certo, dele me livro
Se a estrada errada se abre à frente, nela me lanço
Por que o que será a vida senão essa aventura errante
De onde tiro todas as minhas experiências de aventuras?
O próprio amor em sua essência é deturpado
Violado, como se por amor pudesse ser perfeito
Tolos covardes que fazem do amor a perfeição
O que o nutre são justamente suas curvas
Que fazem com que o coração bata acelerado.
Amor, não te tornes assim tão perfeito...
Essa perfeição é o que me exaspera...
Essa rotina é o que nos desune...
Façamos então como dois cegos...
Que se lançam à frente sem saber o que os espera...
O tempo é muito curto...
E mais curto ainda se torna quando se vive sempre igual...
Seremos assim, então, eternas crianças...
Que aprendem com os erros que não se apagam nunca...
E, no final das curvas, veremos quão perfeita a nossa estrada foi

Seus olhos espelham o céu...
Ah... e ele passa... passa tão rápido
Que num espaço de segundos
Eu vejo um século inteiro...
Quando me vejo neles meu coração pula
É como um terremoto em meu peito...
E nesse momento eu compreendo
Que realmente a vida existe... ou será só o sonho?
Tudo é feito de dúvidas...
Será que ela vai passar hoje?
Anseio escutar seus passos...
Ah... e como parece música quando os escuto
A sintonia é perfeita em seus movimentos
Tremores e desejos começam a arder como um fogo
Simplesmente me saio de completo
Antes de tudo, era um nada...
Ás vezes sonho acordado e escuto...
Escuto a sua voz tão doce em mim de novo
De novo...
Como é bom entender o mistério
Por mais incompreensível que seja...
Apenas existe o sentimento...
E a experiência fundida com a fantasia.....

Quando um belo dia
Oh, mariazinha
Pela primeira vez te via
Meu coração, pobrezinho
Se encheu de vida
Majestoso como um manto de arminho
A minha rua
Minha vida
Se iluminava
Como uma visão
Passaste por mim
Sem me tocar
Sem me ver me vias
Sei que me ouvistes dizer
"Ah, como ela é linda!!!"
Voltei ali todo dia
Pra ver passar mariazinha
Como uma fantasia
E tão exuberante
Seu sorriso
Tão brilhante
Me fazia acreditar
Me dava motivos pra sonhar
Que mesmo que seja
Por poucos segundo
Sorrias pra mim

sábado, 14 de março de 2009

Se eu ficasse todos os segundos
Imaginando o que faria
Quando te encontrasse
Chegaria à conclusão de tudo é inútil
Pensar que se chega em algum lugar
O caminho é pra onde os pés levam
Talvez ele já exista
E não percebemos
Mas é tão contraditório esse caminhar
Que chegar
Parece ser partir
Até ontem eu não era nada
Daquilo que sou hoje
O mundo continua
Ele é muito maior que eu
Ou talvez ele só exista dentro de mim
A verdade é que
Por onde andamos
Nossos rastros ficam
E nos mostram
O que não enxergamos

quinta-feira, 12 de março de 2009

Já cansei de ver tanta coisa passar assim
Sem prestar atenção
Passei por tanta coisa, tantas vidas e amores
Que já nem me importam
As dores
As flores são mais fortes
A solidão já me fez fraco
Mas aprendi a ser mais franco comigo mesmo
Não existe nada além do que existe
E pensar nisso tudo é ilusão, amor
Se antes queria tanto
É que não sabia da simplicidade
De um sorriso que me você me dá
O céu tá bem tranqüilo
E fica mais azul com você ao meu lado
E paro o tempo inteiro pra te olhar
OLhar tanta coisa que passei até te encontrar
Tudo agora é certo, tem sentido
Todas as minhas fraquezas foram
Pra me mostrar e perceber
Eu eu não existo sem você

sábado, 7 de março de 2009

Ah, certas coisas parecem tão normais
Tão banais
Como olhar o sol nascer
E de tardinha se pôr
A gente perde tanta coisa nas entrelinhas
A gente não sabe ler
Só lemos o que tá escrito
E isso é pouco
Triste de quem não enxerga a eternidade
Em cada segundo ao lado de quem se ama
Todo dia é o mesmo
Todas as horas são as mesmas
Será???
Será que aquela pedra estava ali ontem???
Não sei quanto a ela
Mas eu estava
Sou menos dinâmico do que as pedras
Talvez eu hoje caminhe pelo outro lado da rua
E te veja de modo diferente, oh vida
Meus olhos te verão diferente
E saberei apreciar cada luar
E dar valor ao que merece
Sempre
Sonhar