domingo, 15 de março de 2009

Tortamente me endireito nas imperfeições
Todos os meus caminhos são estradas sinuosas
E assim me torno o mais vil e o mais perfeito dos seres
Com todas as minhas exatidões suportadas
Com todas as minhas virtudes abandonadas
Com todos os meus amores marcados
Se encontro o caminho certo, dele me livro
Se a estrada errada se abre à frente, nela me lanço
Por que o que será a vida senão essa aventura errante
De onde tiro todas as minhas experiências de aventuras?
O próprio amor em sua essência é deturpado
Violado, como se por amor pudesse ser perfeito
Tolos covardes que fazem do amor a perfeição
O que o nutre são justamente suas curvas
Que fazem com que o coração bata acelerado.
Amor, não te tornes assim tão perfeito...
Essa perfeição é o que me exaspera...
Essa rotina é o que nos desune...
Façamos então como dois cegos...
Que se lançam à frente sem saber o que os espera...
O tempo é muito curto...
E mais curto ainda se torna quando se vive sempre igual...
Seremos assim, então, eternas crianças...
Que aprendem com os erros que não se apagam nunca...
E, no final das curvas, veremos quão perfeita a nossa estrada foi

1 comentários:

Tracy disse...

Parabens Daniel, lindo poema!
Toda Poesia pra você :D
bju