sábado, 27 de setembro de 2008

Ando devagar nas mesmas ruas que a gente andava
Sigo recitando as mesmas letras que eu cantava
Olho em cada vão, em cada esquina, em cada escuro
Olho para a rua e não encontro o que procuro

Será que eu sei o que estou procurando?
E às vezes parece que tudo foi mesmo engano
Sei já nem sei por que é que eu sigo andando
Se essa fuga nunca esteve em meio aos nossos planos

Faço mil poemas, faço casos e loucuras
Estranho a porta aberta, isso é claro, é loucura
É só o desejo amargo de que nunca se rende
E tem sempre a utopia de ir seguindo em frente

Mas eu juro, amor, ainda sinto o seu perfume
Guardo suas lembranças pra que eu nunca me acostume
A olhar pra essas paredes e ver as nossas marcas
De quando existia amor e andava longe dessas farsas

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