quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Parece sem sentido o que eu faço
Quando fico em frente ao aço
Quando perco o compasso
Mas é fato... é só em virtude do cansaço
Se quando eu fujo eu encaro de frente
Todos os meus medos me perturbam no refúgio
Corro da solidão e me deparo com ela
Andando na rua em meio à multidão
O pior de tudo é não ter você comigo
O que me encharca é o suor de tanto andar
Tantas palavras perdidas no silêncio
E uma palavra sua é que muda o meu destino
Só preciso do seu carinho... desse silêncio que diz tanto
Quando as mãos se encontram... é o mundo que retorna
São mil voltas de um peregrino pra encontrar a paz
É quando eu me desfaço que você me refaz
Ter sua voz ao telefone já me satisfaz
Do que nem é fato... mas é vida... é sonho

2 comentários:

Lílian Alcântara disse...

Muito bom este poema. Pra mim é quase impossível comentar poemas, até mesmo pelo fato das idéias estarem abstratas e a forma que eu interpreto são totalmente diferente da intenção que você teve ao fazer. Mesmo assim, dos poemas que por enquanto estão aqui, este é o que eu mais gosto. Até mesmo por sair deste parâmetro de "é por você, é só você" esta coisa de vida a dois. É um poema solitário. Gostei muito!!

Lílian Alcântara disse...

ou melhor, é totalmente "eu não vivo sem você", mas gostei da forma diferente que você fez isto. Não sei explicar. Poema não se explica.