sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Eu sinto fome... a fome que se esvai desses jornais
Eu sinto frio... os frios olhos de animais
E esse cheiro de maçã podre pode alcançar
O que foi um dia esperança de dançar
É um tango sem ritmo, sem par
É futebol, é fazer gol sem mudar placar
É construir, e logo depois tudo desabar
É ter sofrer e não ter com quem desabafar
Essa coisa estranha molhada de sangue
Que eu bebi tão doce achando que era vinho
Me lembra a face oculta do repórter da tv
É um jardim sem flor, que é só de espinho
E esse cravo encrava toda a minha fé
Ardem meus poros de fumaça de café
E é o que não dá pra ver que é melhor sentir
Porque os olhos ficam cegos ao ouvir

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