sábado, 27 de setembro de 2008

Faz muito tempo que eu não dou notícias
Passei por muitas vidas pra tentar chegar de novo
Justamente de onde eu parti sorrindo
Por saber que não existe mais o sonho
E o que era óbvio, sorriu de longe
No escuro, meus olhos viam tudo
Ao passo que na claridade eu só podia fechá-los
Toda vez que eu pensava no que era
Voltava sempre à nostalgia do que não é mais
E assim eu faço partidas e chegadas de solidão
E todo esse ciclo de imperfeição
Era o retrato mais puro desse coração
Que eu carrego a duras penas no meu peito
De tão dilacerado que ficou por partir
Mas me lembrei de todas as suas palavras que não ouvi
E de todas as viagens que não fizemos
E de todos os vinhos que não bebemos
E de todos os filhos que não tivemos
E assim voltei, com tantos sonhos quanto desilusões
Pra, quem sabe um dia, viver só de emoções

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